Robinho, Adriano, Ronaldinho e seus mimos

20081114DIPela enésima vez em sua carreira, o atacante brasileiro Adriano faltou na reapresentação do elenco de seu clube, a Inter de Milão.

Adriano tinha de chegar à Itália na sexta-feira, mas não somente não se apresentou como sequer embarcou para a Itália até agora.

O polêmico treinador José Mourinho, da Inter, mostrou-se aborrecido e preocupado com a saúde do jogador, que repetidamente cometeu disciplinas neste ano.

Está bastante claro que o problema de Adriano está longe dos campos. No São Paulo, no ano passado, já haviam tratado seu comportamento como doentio, associando-o ao abuso das baladas e álcool, isso sem contar o que não foi dito.

Adriano, tristemente, mancha sua carreira e dá exemplo de descompromisso e irresponsabilidade, se acomoda em um contrato milionário, joga pouquíssimas partidas no ano e ajuda muito pouco o clube que provém todo este luxo a ele. Hoje, é um triste ex-jogador em atividade. Uma pessoa mimada, que não consegue se comprometer com seu trabalho, tão desvirtuado que está na carreira.

Seguindo a mesma toada, há algumas semanas, quem chamou a atenção foi Pelé. Ele, num claro ato falho, disse que era triste ver alguns jogadores se envolvendo com drogas, como Ronaldo e Robinho.

54d22800-9ccb-49b1-a61d-3cb7d05bd2c4_robinho400x300Robinho ficou bravo, respondeu atravessado, mas ao final o “deixa-disso” tomou frente na polêmica. Ambos desculparam-se.

Não me admira a acusação. Era o mesmo Robinho que cavou sua saída do Santos e depois, num exemplo de deselegância e por puro mimo, forçou sua saída do Real Madrid, time que precisava e muito de seu futebol, para jogar – e mal – no inexpressivo Manchester City, onde chegou dizendo que “seria fácil” ser melhor do mundo na Inglaterra e hoje é visto mais como um qualquer no elenco forjado de petrodólares.

Ficou claro que ele, que saiu do Brasil como “maior promessa dos últimos 20 anos”, tornou-se um jogador ineficiente na maior parte do tempo, o malabarista de circo, que só dá espetáculo quando a partida está ganha. Uma espécie de “Globe Trotter” dos gramados.

ronaldinhobarcaOutro caso claro de desinteresse na carreira, e este ainda mais complicado pelo jogador que foi, é o de Ronaldinho Gaúcho. Ele simplesmente cansou de jogar futebol, mas não admite isso.

Em péssima forma física, joga hoje um futebol presunçoso, finge interesse, corre com lentidão, erra todos os dribles que tenta e, pelo que se diz desde os tempos de Barcelona, forja contusões simplesmente por não ter vontade de estar em campo.

Ele, que um dia foi um jogador que me fez duvidar de todos os outros jogadores que eu já havia em campo, hoje veste uma máscara, parece o mesmo Ronaldinho de antes, genial e imprevisível, mas não passa de um qualquer, medíocre para seus exorbitantes padrões.

Sabe o que é pior em tudo isso, meus caros? Os três estiveram na última convocação de Dunga para a Seleção Brasileira. Ronaldinho jogou uma partida horrível no massacre equatoriano em Lima, Robinho perdeu a maioria das bolas para os zagueiros e Adriano, bem, sequer entrou em campo. Veio a passeio, e continua a passeio, entre nós.

Em 1997, Edmundo, outro genial jogador, era o craque da Fiorentina ao lado de Gabriel Batistuta. Sem avisar o clube, ele fugiu da Itália e veio passar o carnaval no Rio de Janeiro. Recebeu um recado de Florença: não precisava mais retornar, estava demitido. O “Animal” lamentou o episódio até o final de sua carreira.

Não está na hora de Adriano, Robinho e Ronaldinho receberem uma sanção como esta? O que justifica eles estarem na convocação de Dunga, se são reservas em suas equipes e não contribuem mais nada para o futebol?

Chega de mimos, de passar a mão na cabeça, de colocar panos quentes.

Há jogadores que fizeram muito pelo futebol, mas que terminaram a carreira com dignidade, craques como Zico, Romário, Roberto Baggio, Zidane, Canniggia, Platini, Hagi, e tantos outros.

A dignidade empregada aqui se aplica ao que fizeram em campo, à dedicação ao clube e ao esporte, à hombridade e ao respeito.

Estes tristes brasileiros têm de receber tratamento equivalente ao que eles hoje são: uma vergonha no futebol.

~ por lucascaram em 06/04/2009.

2 Respostas to “Robinho, Adriano, Ronaldinho e seus mimos”

  1. diga pra ele me procurar,que eu vou ensina-lo a ter prazer de novo..pelo futebol é claro!!bjus

  2. robinho nao precisa das estrelas pra brilhar

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